13.12.08

Viva a fluidez

A nossa tradição criou o homem zumbi, o homem infeliz, depressivo. É tão óbvio quanto não visto.
O que esperar de um modo de vida que valoriza o sofrimento? Ou não é verdade que se valoriza as pessoas que sofrem em nome de algo, que trabalham demasiadamente, que trocam a sua vida para se dedicarem a outras, que reprimem os desejos em nome da razão?
Ou seja, são valorizadas as pessoas que exercem o que não são. Não é à toa que temos uma sociedade extremamente depressiva, obcecada para realizar os estereótipos difundidos, e toda depressão é canalizada para o consumo.
Se as pessoas fossem autenticas não precisariam resolver suas carências depressivas no consumo.
Nietzsche nos diz “torna-te o que és.”
Exercer tal liberdade não é praticar perversidade com os outro, se não que a repressão ideológica referida é que promove o destoante.
O sistema é tão cruel que criou uma teia de controle alheio, onde cada indivíduo não exerce sua liberdade e vigia os outros. E tudo mais é punição.
Bom, o que vejo é um mundo doente. E isso não é pessimismo, é apenas um diagnóstico.

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