18.12.08

O futuro

Sim, o futuro é o senhor de tudo. É a ele que prestamos conta agora, é por ele que falamos, agimos, escrevemos... Todas as ações miram-se lá, buscam lá o seu vigor, medo, angústia e tudo mais que é transcendente.
Esse ainda-não-ser é tão soberano que até quando falo do passado, é por ele que dou sentido ao ocorrido, é com vista nele que criamos as narrativas. O ponto de partida é sempre onde quero chegar, e não onde estou. Mesmo que não tenha consciência disso, é por tal horizonte que firmo o pé no chão. Vou lá, defino o que quero e volto ao presente para dar sentido a tudo que existe, e diga-se de passagem não tem sentido se não na consciência.
O que se vive, é bom, é ruim? Depende do que você quer para o futuro, das realizações. Ora, o valor, meus caros, só existe na nossa cabeça. A mesma água que é fundamental para a vida, pode matar.
Ora, o que há com o mundo hoje? Se o futuro é tão importante, que valor damos a ele?

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