27.11.08

Especilaista ou Generalista?

Um colega meu, professor de história, me disse ao comentar um livro que estava a ler que a doença atual do mundo é a “gestologia”, essa tara por gestão, como se todos os problemas do mundo fossem resolvidos com uma palavra mágica chamada gestão.

Meus caros, vos digo: Concordo integralmente e reforço com meus parcos argumentos:
Só uma sociedade demasiadamente estéril de pensamento, pode se encastelar na técnica. Tudo se resume aos gráficos, números e os problemas da vida deixam de ter o calor das pessoas e sentimentos a elas envolvidas, para assumir a frieza do gestor.
Há por assim dizer, uma ditadura conceitual que diz que, ou a opinião à cerca de uma questão é de um gestor, técnico do ramo ou não serve.
O chamado “generalista” não tem mais espaço. O que é o intelectual se não o “generalista”? só ele pode falar livremente, e essa prática abre caminho para o novo, para a reflexão, para novos e diferentes olhares sobre os nossos problemas.
O que está acontecendo diante de nossos olhos é consolidação de um modo de vida que condiciona até os que se opõem a ela. Como defensor e aspirante a “generalista” cito um exemplo desse condicionamento: A política virou serva da economia. Não se discute política, se discute as possibilidades que a economia permite para a política.
Para me contrapor, afirmo: Política está mais próxima de uma obra de arte abstrata do que de um gráfico. E garanto que os chatos de galocha vão estranhar a palavra “abstrata”, é que quem não gosta de pensar tem ojeriza à abstração.

Um comentário:

Lugar da Arte disse...

Muito Bom o texto, concordo integralmente : Cadê o espaço para a opinião geral, a crítica carece de uma visão mais ampla, menos especialistas, mais generalista.